sábado, 17 de abril de 2010
Olá!
Hoje vou deixar um post sobre vampiros.
Espero que gostem.
Depois de inúmeros sucessos, desde Drácula, de Bram Stoker, ou quem sabe Carmilla, de Sheridan Le Fanu, até os contemporâneos Crepúsculo e Diários de Vampiro, passando antes por Anne Rice, com Lestat e Louis, os vampiros deixaram de serem cadáveres reanimados, que levantam dos túmulos para sugar sangue de seres vivos e passaram a tomar conta do imaginação popular como seres “bonzinhos” e até mais humanos que nós mesmos, sendo muitos deles românticos, bem diferentes dos espíritos demoníacos de mitologias antigas, como os indígenas Lamiai, da Grécia. Mas de onde, realmente, vem a lenda do vampiro?
Inúmeros estudiosos pregam que o vampiro é uma entidade mitológica que remete à mitologia Suméria e Mesopotâmica, que surgiu como sendo o filho de Lilith, confundido com Incubus. Porém, há controvérsias que apontam esse ser fantástico como mais velho que os sumérios, transformando-o em descendente de Sekhmet e o Khonsu, nos primórdios do Antigo Egito.
Com o passar dos séculos, a criatura que se alimenta de sangue foi incorporoda à literatura, tanto que Voltaire, ícone escritor francês do iluminismo, escreveu longos capítulos e teses sobre vampiros, valendo destacar seu Dicionário Filosófico. Nesta obra, descreveu a seguinte definição sobre os seres noturnos: "Estes vampiros eram corpos que saem das suas campas de noite para sugar o sangue dos vivos, nos seus pescoços ou estômagos, regressando depois aos seus cemitérios.”
Rousseau, um dos precursores do Romantismo, em uma carta ao Arcebispo de Paris, também citou tais criaturas: “Se alguma vez existiu no mundo uma história provada, e digna de crédito, é a dos Vampiros. Não falta nada: autos, certificados de homens notáveis, de cirurgiões, clérigos e juízes. A prova jurídica abarca tudo. Com tudo isto, quem acredita, pois, nos Vampiros?”.
Karl Marx, fundador da doutrina comunista, intelectual e revolucionário alemão, comparou o capitalismo com os vampiros: "O capital é trabalho morto que, como um vampiro, vive somente de sugar o trabalho vivo e, quanto mais vive, mais trabalho suga. O prolongamento do dia de trabalho além dos limites do dia natural, pela noite, serve apenas como paliativo. Mal sacia a sede do vampiro por trabalho vivo. O contrato pelo qual o trabalhador vendeu ao capitalista sua força de trabalho prova preto no branco, por assim dizer, de que dispôs livremente de si mesmo. Concluído o negócio, descobre-se que ele não era um 'agente livre', que o momento no qual vendeu sua força de trabalho foi o momento no qual foi forçado a vendê-la, que de fato o vampiro não largará a presa enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue a ser explorada”.
Enfim, a lenda sobre imortais que se alimentam de sangue para sobreviver é mais antiga e foi muito mais utilizada no decorrer das eras do que imaginamos.
Antes daqueles que brilham como diamantes no sol, dos que lamentam aos ouvidos de jornalistas ou daqueles que atravessam continentes, esses seres já eram conhecidos, inclusive de mentes geniais, pelo público. Somente agora, com a explosão do marketing e do sucesso de Hollywood, voltaram à tona com gana imaginável. Mas temos uma certeza: jamais deixaram de serem imortais no consciente e imaginário humano.