quarta-feira, 17 de março de 2010
Olá!
Hoje vou deixar-vos com uma noticia, dada pelo Jornal de Noticias, sobre Bill Compton!
Espero que gostem!!!
Sente-se atraído por este universo dos vampiros?
Esta moda dos vampiros passava-me ao lado antes de conseguir este papel. Mas cada vez estou mais interessado no tema… Adoro a forma como podemos olhar para isto como metáforas. O sobrenatural em Sangue Fresco funciona como uma parábola moderna.
Não é por acaso que tem pronto um filme de vampiros, Priest.
Por sorte, interpreto alguém que não é vampiro. É uma personagem que me interessou imenso. Digamos que nada tem que ver com o Bill de Sangue Fresco. Quis fazer este filme porque sempre desejei trabalhar ao lado de Paul Bettany. Para mim, foi uma oportunidade de fazer algo diferente do meu vampiro em Sangue Fresco.
Encontra explicações para o fenómeno do ressurgimento dos vampiros na TV, na literatura e no cinema?
Penso que a explicação, inevitavelmente, se conjuga com este período de recessão. Quando o povo está em luta prefere o drama escapista. Isso ajuda, de certeza, a este fenómeno. Seja como for, não sei se chegaremos ao ponto de aparecer um vampiro em O Sexo e a Cidade ou coisa assim… Penso que não chegaremos tão longe, haverá sempre subjacente um conceito do sobrenatural.
Os fãs de Twilight são os mesmos desta série?
Acima de tudo, estão em grupos etários diferentes. O pessoal de Twilight não vai para além dos vinte e tais, enquanto Sangue Fresco é para um público mais adulto. A nossa sorte é que temos fãs de todo o tipo de idades. A saga Twilight é sobretudo uma história adolescente. Nunca li um livro dessa saga, mas os meus amigos dizem que está tudo muito bem organizado.
O segredo de Sangue Fresco reside no facto de estes vampiros poderem parecer-se com gente normal?
Sim, sobretudo o Bill, a minha personagem. Ele quer ser um sujeito normal, viver uma vida decente. Mas claro que está disposto a matar todos os que possam fazer mal a Sookie, a sua amada. Obviamente, isso não é normal.
Há algum modelo estético de vampiro que admire? Lembra-se de Fome de Viver, em que David Bowie era um vampiro amante da vampira Catherine Deneuve?
Essa interpretação de David Bowie é fantástica! Mas a minha referência será sempre Nosferatu pela sua aura negra e estranha. Os vampiros, nessa altura, não eram propriamente atraentes… eram criaturas suficientemente negras e capazes de nos ameaçar. Nosferatu é uma personagem hipnótica.
Os vampiros contemporâneos são obrigados a ser sexy?
Infelizmente é verdade! Em Sangue Fresco afastámo-nos um pouco dessa ideia, até porque nesta primeira série, que agora está aí em DVD em Portugal, surge Eddie, um vampiro um pouco gordo, na senda do típico americano. É o género de indivíduo que não esperamos que seja vampiro. Como se não bastasse, é gay. Nessa série, o espectador também vai pensar que aquele tipo com o cabelo comprido e todo tatuado também possa ser vampiro, mas não é…
Depois de a HBO nos ter oferecido a série Os Sopranos, falou-se na era dourada da televisão americana. Esse período ainda dura?
O que sei é que enquanto os canais europeus não começarem a fazer ficção televisiva como na América não vamos a lado nenhum! O que tem sido espantoso, para mim, com Sangue Fresco é poder ver como se faz este tipo de televisão, onde uma série é feita literalmente por cinco ou seis argumentistas que criam colectivamente cada episódio. Cada um escreve individualmente e depois juntam-se todos numa sala e criticam a escrita de cada um. Pelo menos em Inglaterra sei que não é assim que se confecciona uma série de televisão. Não sei se em Portugal existe esse método. As coisas deram um grande salto qualitativo. O estilo americano, desculpem-me que o diga, resulta!
O segredo está na fórmula de escrita?
Tudo depende da escrita. Que ninguém duvide. O segredo está no processo criativo, que precisa de mais cérebros a funcionar. Quanto mais ideias interessantes, melhor! Em Inglaterra, trabalhamos quatro meses e depois estamos livres para fazer outras coisas até que nos chamem de novo. Nos EUA, temos logo 12 episódios de uma vez, coisa que representa seis meses de trabalho. Sei que, por exemplo, 12 episódios de Mad Men representam apenas quatro meses para os actores…
O que torna atraente o conceito inicial de Alan Ball, o homem que adaptou o romance dos livros de Charlaine Harris para televisão?
As ideias foram todas tiradas dos livros, que já existiam desde 2001. Ele tirou uma ideia base dos livros e inventou personagens adjacentes à heroína. Digamos que, para além de Sookie, a imaginação de Alan Ball deu-nos mais seis personagens principais. Dessa maneira, o público nunca se cansa. Além disso, Alan Ball está sempre a confundir as expectativas do público.
Agora que em Portugal está a sair True Blood em DVD, acha que este é o formato ideal para se ver esta série? Sente que grande parte do público gosta de ver estas séries de rompante, em maratonas sem intervalos semanais…
O sucesso deste nosso trabalho passa pelo facto de cada episódio terminar onde o próximo começa. Isso faz que o espectador fique entusiasmado quando tem todos em DVD, já sabe que basta carregar no botão play para ficar a saber o que se vai passar. Uma grande tentação! Não temos de esperar! Também vejo em formato de maratona a série The West Wing (Os Homens do Presidente). É a minha série preferida, apesar de agora estar viciado em Breaking Bad, que se torna um vício televisivo. Acho que muito provavelmente está lá a melhor interpretação de um actor numa série televisiva nos últimos dez anos: Bryan Cranston!
Nesta avalancha, são os produtos da HBO que têm o monopólio do toque de Midas?
Foi a HBO que começou tudo e que mudou a maneira de a televisão apresentar a ficção. Se quisermos, a HBO ficou a tomar conta do domingo à noite na América, mas a Showtime está safar-se muito bem com Dexter e Weeds, já para não falar da AMC com Mad Men e Breaking Bad. Digamos que foi a HBO que iniciou esta nova maneira de percepcionarmos as séries televisivas.
Numa altura em que está a atingir o auge do sucesso com uma série de televisão, o cinema pode vir a ser uma prioridade?
Nos próximos anos, estou preso por contrato a Sangue Fresco. Queria que esta série durasse o máximo de tempo possível. Nos intervalos, vou fazer cinema e regressar aos palcos.
Por ter um envolvimento amoroso com Anna Paquin, as cenas entre vocês tornam-se mais fáceis?
Obviamente que ajuda e obviamente que logo no início se gerou uma química. Agora, o que a nossa relação possibilita à série como mais-valia é nós querermos fazer de modo diferente, seja uma cena romântica ou mais puxada. Eu e a Anna queremos contracenar de forma estimulante, isso é muito positivo e dá-nos muito prazer.
Agora, sobre os DVD's... Pois é pessoal... No dia 27 de Março vai sair em Portugal a 1ª temporada de True Blood, com legendas em Portugal... A unica coisinha de má é a espera... Mas vai valer bem a pena!!!!
Leiam!
A CAIXA DOS DVD
Baseado nos livros de Charlaine Harris, esta série é uma adaptação de Alan Ball, o criador de Sete Palmos de Terra e do filme Beleza Americana. Uma visão surreal e erótica de uma Luisiana onde os vampiros tentam viver em comunhão com os humanos, bebendo um composto de sangue pré-fabricado. A intriga centra-se na história de amor entre Sookie, uma jovem empregada de mesa que consegue ouvir os pensamentos das pessoas, e Bill, um vampiro de 173 anos. Com Anna Paquin e Stephen Moyer, a série foi um dos maiores sucessos do canal HBO. Uma mistura de drama picante com a mais pura mitologia vampiresca. Nos extras, destaque para o documentário falso Os Vampiros na América e para os habituais comentários áudio a cargo de Alan Ball, Anna Paquin e Stephen Moyer. De referir que o par romântico da série se transformou em par romântico na vida real