domingo, 27 de dezembro de 2009

Poemas

Olá!
Boas noites pessoal!
Acabei de chegar de Braga...Comprei mas dois livros!
Clube de Sangue e GhostGirl...
Comecei a ler o Clube de Sangue e lembrei-me que tinha de publicar aqui alguma coisa bonita...mas triste...tal como o livro. Lembrei-me de um poema...!
Procurei e finalmente encontrei algo que me despertou...a curiosidade e espero que o mesmo aconteça com vocês.
Bem... Aqui vai:


O Vampiro


Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste,
Tu que, qual furiosa manada
De demónios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão

Como ao baralho o jogador,
Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao veneno, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos ma disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!

Autor:Charles Baudelaire


Cruzes e Espada


Estou numa noite fria, noite negra,
sei que preciso me alimentar,
e enquanto caço, e ouço os gritos,
tento beber sem nunca pensar

Pesadelos enquanto durmo,
com as pessoas que já matei,
em nome de minha fome, o sangue.
Parar? Não acham que eu já não tentei?

Cruzes e espadas, esperando para nos matar,
em nome de um Deus Ebreu, que morreu para nos salvar,
não sei se choro, não sei se grito,
eu já não sei no que acredito,
apenas fico aqui esperando,
imerso nessa escuridão.

E eu espreitando, nessa noite escura,
que quanto mais fria, mais perdura,
esperando nessa terra insana,
caçando de noite como um animal,
esperando o fim dessa guerra,
que perdura entre o bem e o mal.

Estou, numa noite fria, noite negra,
um manto que por mais que sujo,
ele me aconchega,
pois sou o filho das trevas,
e ela é uma mãe que não me renega.

Lutando em meio desta não- vida,
esperando alguém para me salvar,
talvez a cruz e a espada,
possam com minha dor acabar.

Amaldiçoo minha existência,
maldita minha vida Imortal,
não, não peço a sua clemência,
apenas aguardo-a até o final.


Autor: Desconhecido...


Bem...Foram estes que eu encontrei.... Espero que gostem.
Beijinhos, e continuação de Boas Festas.


Fonte: Poemas Vampíricos

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