quarta-feira, 28 de julho de 2010

Entrevista com Richelle Mead

A RT book reviews postou uma nova entrevista com a Richelle, onde ela fala sobre os direitos cinematográficos de Academia de Vampiros.

Whitney Sullivan: Ouvimos falar que a Preger Entretainment adquiriu os direitos cinematográficos dos seus livros Academia de Vampiros. Pode contar-nos como surgiu o negócio? Qual foi a sua reacção quando ouviu a noticia?

Richelle Mead: Um negócio como este requer um longo processo de negociações entre mim, o meu agente e a companhia em questão. Isto realmente aconteceu em Fevereiro, quando eu estava em digressão pelo Reino Unido, por isso foi um bocado estranho. A Preger contactou-nos, e passou-se uma semana inteira com uma troca de e-mails entre mim e o meu agente com perguntas sobre o contracto. Eu estava tão ocupada no Reino Unido que mal tinha tempo para ir à internet ver os e-mails e, combinado com a diferença horária, a comunicação entre nós parecia durar uma eternidade! Então, isto só me pareceu real quando cheguei a casa e regressei ao trabalho. Quando percebi que tinha ficado tudo resolvido foi um momento muito emocionante, mas este é um ramo onde as coisas podem demorar um pouco, então eu estava pronta para ser paciente.

WS: Enquanto escrevia os livros de Academia de Vampiros, imaginou alguém especifico na sua mente para a personagem Rose Hathaway? Quem imagina que seria bom nesse papel?

RM: Tenho as imagens na minha cabeça de como as personagens se parecem, mas elas não correspondem a ninguém conhecido. Eu acho que prefiro um elenco de desconhecidos!

WS: Eu sei que a maioria dos autores considera as suas obras como uma extensão muito pessoal de si mesmo. O que sente ao ter o seu livro ser adaptado por outra pessoa?

RM: Temos que reconhecer, em certa medida, que, quando vendemos os direitos de adaptação – noutra língua, novela gráfica, ou um filme – estamos a permitir que outra pessoa, igualmente criativa, deixe a sua marca no livro. Os autores que pensam que o filme irá traduzir o livro, página a página, palavra por palavra, estão a iludir-se. Haverá uma racionalização e ajustes. Agora, é claro que queo um filme que seja bom e que permaneça o mais fiel possível à minha visão, e tenho fé na Preger, e em qualquer estúdio com que trabalhem, para fazerem uma boa adaptação. Há uma arte para fazer filmes, e isso não é o que eu faço. A minha especialização é livros. A da Preger é filmes, e eu estou contente em deixar cada um de nós fazer o que fazemos de melhor.

WS: Os livros de Academia de Vampiros têm personagens do sexo feminino com um papel mais activo que a maior parte das histórias de vampiros. Como acha que isso se irá traduzir na tela?

RM: Não acho que irá mudar. Se o filme for feito, vamos ver essas protagonistas fortes lá. É o que distingue estes livros, e se for deixado de fora, você estaria a adaptar outra história. Ter um narrador na primeira pessoa do sexo feminino nos livros, enfatiza especialmente as mulheres fortes, mas os homens também são fortes. Um filme, que é mais de terceira pessoa, será de facto capaz de exibir todas estas personagens poderosas, lado a lado, e mostrar como estes homens e mulheres combinam tão bem.

WS: Quando os livros são feitos para o cinema, as coisas muitas vezes tem de ser cortadas, o que acha que poderia ficar de fora e ainda permitir que a adaptação cinematográfica tão atraente como o livro? Que elementos essenciais precisam de ser mantidos para a sua história ser transmitida correctamente?

RM: Acho que manter a integridade, força e personalidade dos personagens é fundamental. Personagens apaixonantes e com quem nos relacionamos é o que atrai os fãs e fá-los seguir esses personagens a qualquer lugar. Os outros pontos essenciais são o enredo principal e as “grandes” regras deste universo. Os livros são construídos com base nestes pontos e, eu acho, que um bom filme deve ser construído assim. Como eu disse, claro que ia adorar ver cada pequeno detalhe no filme, mas se algumas partes tiverem de ser cortadas ou modificadas, a história continuará forte enquanto mantiverem o núcleo intacto.

WS: Parece que a Richelle está a trabalhar numa serie Spin-off* que irá ser lançada em 2011. Pode dar-nos alguns detalhes?

RM: A maior parte está a ser mantido sob rigoroso segredo pela minha editora! O que posso dizer é que eu já revelei antes. A serie vai começar com um novo arco da história e vai seguir personagens que já conhecemos. Uma dessas personagens é Sidney, uma humana que conhecemos em Blood Promise, mas o resto é segredo. Caso contrário, os leitores saberão quem morre, quem vive e quem fica junto na primeira serie (a da Rose).

*Spin-off é uma serie ou livro que é criado a partir de outro.

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